Gordo também transa: Representatividade corporal x padrão em reality de pegação

A psicanalista Gabriela Vargas também evidencia os prejuízos causados pela baixa variedade corporal: “A predominância de pessoas magras na TV e nos realities podem afetar a autoestima das pessoas fora desse padrão pela falta de representatividade. Como se somente tivesse uma maneira de existir e um corpo possível para ‘ser feliz e atingir seus objetivos’. Como se somente determinado tipo de pessoa ‘merecesse’ amar e ser amado. O que é muito problemático, porque é irreal”.

“Vivemos em uma época em que a imagem prevalece. Mais vale o que se mostra do que o que realmente se é. Então são mostrados corpos ideais, relacionamentos ideais… Mas são ideais inatingíveis, porque somos humanos e imperfeitos por natureza”, afirma a profissional, que completa:

O sofrimento psíquico se dá quando se acredita que pode se atingir esse objetivo de ser magro, famoso, rico… E aí, sim, a felicidade chegará. Mas a pessoa chega em determinado objetivo e se frustra, porque achou que a autoestima iria melhorar e ficaria feliz, mas não muda. A autoestima vem de dentro, mas socialmente se faz acreditar que se conquista com determinados status, pesos, produtos……

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